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Rádio Clube do Rei (Oficial) A rádio que toca emoção

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Segundo: O QUINTO IMPÉRIO Fernando Pessoa Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar! Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raiz- Ter por vida a sepultura. ... Grécia, Roma, Cristandade, Europa - os quatro se vão Para onde vai toda idade. Quem vem viver a verdade Que morreu D. Sebastião?
Pela luz dos olhos teus Vinicius de Moraes Quando a luz dos olhos meus E a luz dos olhos teus Resolvem se encontrar Ai que bom que isso é meu Deus Que frio que me dá o encontro desse olhar Mas se a luz dos olhos teus Resiste aos olhos meus só pra me provocar Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar Meu amor, juro por Deus Que a luz dos olhos meus já não pode esperar Quero a luz dos olhos meus Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará Pela luz dos olhos teus Eu acho meu amor que só se pode achar Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
Procura-se um amigo Desconhecido Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive

domingo, 27 de novembro de 2022



Sete Canções de Declínio

Sete Canções de Declínio Mário de Sá-Carneiro 1 Um vago tom de opala debelou Prolixos funerais de luto de Astro E pelo espaço, a Oiro se enfolou O estandarte real livre, sem mastro. Fantástica bandeira sem suporte, Incerta, nevoenta, recamada A desdobrar-se como a minha Sorte Predita por ciganos numa estrada ... 2 Atapetemos a vida Contra nós e contra o mundo. — Desçamos panos de fundo A cada hora vivida! Desfiles, danças embora Mal sejam uma ilusão... Cenário de mutação Pela minha vida fora! Quero ser Eu plenamente: Eu, o possesso do Pasmo. Todo o meu entusiasmo, Ah! que seja o meu Oriente! O grande doido, o varrido, O perdulário do Instante O amante sem amante, Ora amado, ora traído ... Lançar os barcos ao Mar De névoa, em rumo de incerto... Pra mim o longe é mais perto Do que o presente lugar. ...E as minhas unhas polidas Idéia de olhos pintados... Meus sentidos maquilados A tintas conhecidas ... Mistério duma incerteza Que nunca se há de fixar... Sonhador em frente ao mar Duma olvidada riqueza ... Num programa de teatro Suceda-se a minha vida Escada de Oiro descida Aos pinotes, quatro a quatro! ... 3 Embora num funeral Desfraldemos as bandeiras Só as cores são verdadeiras Siga sempre o festival! Quermesse — eia! — e ruído! Louça quebrada! Tropel! Defronte do carrossel, Eu, em ternura esquecido... Fitas de cor, vozearia — Os automóveis repletos: Seus chauffeurs — os meus afetos Com librés de fantasia! Ser bom... Gostaria tanto De o ser... Mas como? Afinal Só se me fizesse mal Eu fruiria esse encanto. — Afetos?... Divagações... Amigo dos meus amigos... Amizades são castigos, Não me embaraço em prisões! Fiz deles os meus criados, Com muita pena decerto. Mas quero o Salão aberto, E os meus braços repousados. 4 As grandes Horas! — vive-las A preço mesmo dum crime! Só a beleza redime — Sacrifícios são novelas. "Ganhar o pão do seu dia Com o suor do seu rosto..." — Mas não há maior desgosto Nem há maior vilania! E quem for Grande não venha Dizer-me que passa fome. Nada há que se não dome Quando a Estrela for tamanha! Nem receios nem temores, Mesmo que sofra por nós Quem nos faz bem. Esses dós Impeçam os inferiores. Os Grandes, partam — dominem Sua sorte em suas mãos: — Toldados, inúteis, vãos, Que o seu Destino imaginem! Nada nos pode deter; O nosso caminho é de Astro! Luto — embora! — o nosso rastro, Se pra nós Oiro há de ser! ... 5 Vaga lenda facetada A imprevisto e miragens — Um grande livro de imagens, Uma toalha bordada ... Um baile russo a mil cores. Um Domingo de Paris — Cofre de Imperatriz Roubado por malfeitores. Antiga quinta deserta Em que os donos faleceram — Porta de cristal aberta Sobre sonhos que esqueceram ... Um lago à luz do luar Com um barquinho de corda... Saudade que não recorda — Bola de tênis no ar... Um leque que se rasgou — Anel perdido no parque — Lenço que acenou no embarque De Aquela que não voltou ... Praia de banhos do sul Com meninos a brincar Descalços à beira-mar, Em tardes de céu azul... Viagem circulatória Num expresso de vagões-leitos — Balão aceso — defeitos De instalação provisória ... Palace cosmopolita De rastaquoères e cocottes — Audaciosos decotes Duma francesa bonita ... Confusão de music-hall, Aplausos e brou-u-ha — Interminável sofá Dum estofo profundo e mole. . . Pinturas a "ripolin", Anúncios pelos telhados — O barulho dos teclados Das Lynotype do Matin... Manchete de sensação Transmitida a todo o mundo — Famoso artigo de fundo Que acende uma revolução ... Um sobrescrito lacrado Que transviou no correio, E nos chega sujo — cheio De carimbos, lado a lado. . . Nobre ponte citadina De intranqüila capital — A umidade outonal De uma manhã de neblina ... Uma bebida gelada — Presentes todos os dias. . . Champanha em taças esguias Ou água ao sol entornada ... Uma gaveta secreta Com segredos de adultérios... Porta falsa de mistérios — Toda uma estante repleta: Seja enfim a minha vida Tarada de ócios e Lua: Vida de Café e rua, Dolorosa, suspendida — Ah! mas de enlevo tão grande Que outra nem sonho ou prevejo... — A eterna mágoa dum beijo, Essa mesma, ela me expande ... 6 Um frenesi hialino arrepiou Pra sempre a minha carne e a minha vida. Fui um barco de vela que parou Em súbita baía adormecida ... Baía embandeirada de miragem, Dormente de ópio, de cristal e anil, Na idéia de um país de gaze e Abril, Em duvidosa e tremulante imagem ... Parou ali a barca — e, ou fosse encanto, Ou preguiça, ou delírio, ou esquecimento, Não mais aparelhou... — ou fosse o vento Propício que faltasse: ágil e santo ... ...Frente ao porto esboçara-se a cidade, Descendo enlanguescida e preciosa: As cúpulas de sombra cor-de-rosa, As torres de platina e de saudade. Avenidas de seda deslizando, Praças de honra libertas sobre o mar Jardins onde as flores fossem luar; Lagos — carícias de âmbar flutuando ... Os palácios de renda e escumalha. De filigrana e cinza as catedrais — Sobre a cidade a luz — esquiva poalha Tingindo-se através longos vitrais ... Vitrais de sonho a debruá-la em volta, A isolá-la em lenda marchetada: Uma Veneza de capricho — solta, Instável, dúbia, pressentida, alada... Exílio branco — a sua atmosfera, Murmúrio de aplausos — seu brou-u-ha... E na praça mais larga, em frágil cera, Eu — a estátua "que nunca tombará"... 7 Meu alvoroço de oiro e lua Tinha por fim que transbordar... — Caiu-me a Alma ao meio da rua, E não a Posso ir apanhar!


domingo, 13 de novembro de 2022


Cada um tem de mim exatamente o que cativou,
e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira,
a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna.
Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão.
Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem
mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante.
Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos.
O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar
e correr o risco de viver seus sonhos.”

Abraço e Beijos

Muita luz!!! Grande beijo




É enfrentando as dificuldades,
que você fica forte.
É superando seus limites,
que você cresce.
É resolvendo problemas,
que você amadurece.
É desafiando o perigo,
que você descobre a coragem.
Arrisque e descobrirá como as pessoas crescem
quando exigem mais de si próprias.
Tenha bons sonhos!
Muita luz!!!
Grande beijo.